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CADERNO DE HISTÓRIAS
10 juin 2009

A velha e o garrafão

av_64

 Era uma vez uma velha tão sovina, tão avarenta, tão unhas-de-fome que nem a roupa lavava em condições para não gastar tanto sabão.

 O dinheiro que lhe vinha parar às mãos dificilmente conhecia bolsos novos ou carteiras velhas.

 Ficava eternamente dentro daquela casa que tinha as janelas fechadas para que o Sol não gastasse a cor da pintura das paredes.

 E, para não cair em tentações, adivinhem onde ela metia o dinheiro!? Exactamente! Dentro de um garrafão.

 Assim já não havia problemas. Porque, para tirar as notas, era preciso partir o garrafão.

 Hum… Era o que faltava! Um garrafão custa uma fortuna! - Dizia ela.

 E lá ia metendo notas e mais notas dentro do garrafão.

 Um dia, pela tardinha, a velha viu um bichinho escuro, de orelhas levantadas e com rabo comprido a passar no corredor de sua casa.

 Um rato? Mas é um rato?!... Ui, que medo! - Gritou ela, cheia de susto.

 O rato desapareceu, o susto passou e a velha ainda um bocado assustada com aquilo tudo pensou: - Tenho de arranjar um gato esfomeado! É isso mesmo! Com um gato em casa os ratos desaparecem num instantinho!

 Estava quase decidida a ir arranjar um gato. Mas depois voltou a pensar: - Um gato dá muita despesa! Só em leite é uma fortuna… Era o que faltava!

 E não arranjou o gato.

 Os dias passaram.

 Os ratos aumentaram.

 E uma manhã a velha começou a gritar com as mãos na cabeça:

     - Fui roubada! Fui roubada!

 Mas não. Os ratos só tinham transformado as notas em pedacinhos de papel.


    sourisanim200333

de: António Mota

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